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A Câmara aprovou, por unanimidade (a presidência não vota), o Requerimento de Informações 27/2014. De autoria da bancada do PT, os vereadores pedem esclarecimentos ao Executivo sobre a falta de medicamentos nas Unidades Básicas de Saúde do município – algo que vem sendo comentado em praticamente todas as sessões ordinárias do Legislativo.

O vereador Professor Juarez foi à tribuna defender o Requerimento, que não havia passado na sessão anterior. “Há informações de que o medicamento está no postinho, mas o cidadão vai ao posto e não encontra o remédio.” Segundo o Prof. Juarez, outra questão grave também diz respeito à centralização da distribuição dos remédios. “A pessoa sai do seu bairro, se desloca até a UBS e volta de mãos vazias”, argumentou.

O presidente da Casa, o vereador Ivan Luis Sada (PPS) também comentou a questão. “Eu fui chamado nos postinhos da São José e no América, sobre o problema – e algumas pessoas da administração foram lá falar que eu estava falando contra o prefeito. Eu não sou contra, mas tem que apurar o que está acontecendo.”

Segundo o Professor Claudemir (PRP), a questão não se resume à falta de remédios. Prof. Claudemir afirmou que os funcionários não têm condições de trabalho. “Às vezes falta até desinfetante”, exemplificou.

O Professor Luciano (PT) fez alguns destaques. “Lembro perfeitamente que, em agosto de 2013, tivemos uma audiência pública com a Secretaria de Saúde. Naquele momento, foi relatada a necessidade da contratação de farmacêuticos para a distribuição dos remédios”, lembrou. Luciano prosseguiu: Pelo jeito, não se contratou ninguém e os medicamentos não foram comprados. Até os vereadores da base do prefeito concordam. Vai precisar acontecer o quê para que a situação seja resolvida?”

Sueli do Yakult (PT) foi outra parlamentar que comentou o problema. “Quero acrescentar que não só medicação está em falta como a dieta daqueles pacientes que precisam se alimentar com sonda. Está demorando em média 50 dias para chegar a medicação.”

A vereadora Valdilene (PV) também pediu a palavra. “Nossa saúde precisa caminhar e atender nossa população de maneira satisfatória. Mas uma coisa que não deve acontecer, e que já está sendo investigado, é o cidadão ser beneficiado por procurar um vereador ou alguém da Prefeitura, e passar na frente e receber o medicamento. Essa é uma questão muito séria. Não é por indicação do vereador ou do prefeito que a medicação tem que aparecer para esse ou aquele. É preciso responsabilidade para atendimento, pela ordem de espera”, defendeu.

Valdilene foi apoiada por Luciano Marques. “É inadmíssivel o apadrinhamento,” disse o Professor Luciano. Valdilene retomou a palavra, agora se dirigindo ao Prof. Juarez. “O senhor foi irônico ao mencionar o ‘Poupatempo da Saúde’. Mas quando o prefeito Juvenal Rossi assumiu, se não tivesse essa dívida de R$ 1,4 milhão da UPA, se tivéssemos já essa UPA, o Poupatempo já estaria sendo instalado. Tenho certeza que o nosso Poupatempo da Saúde vai sair.”

CMVP