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Após debate intenso, vereadores autorizam Prefeitura a fazer empréstimo

Os vereadores aprovaram o Projeto de Lei 57/2014, de autoria do Prefeito, que autoriza o Executivo a contrair um empréstimo R$ 840 mil com a empresa Desenvolve SP – Agência de Fomento do Estado de São Paulo.

Mesmo com a aprovação, no entanto, o assunto foi objeto de debate entre os parlamentares. Luciano Marques (PT) foi à tribuna para que o texto do projeto estipula em um ano o prazo de carência para o início do pagamento. “Esta administração tem mandato até dezembro de 2016, mas o prazo para pagamento é de 72 meses. Serão cinco para a próxima administração.”

Luciano lembrou que, durante o governo anterior, de Eduardo Tadeu Pereira (PT), a Câmara negou o pedido para um empréstimo em condições semelhantes – e também para a compra de máquinas, como é o caso atual.  “Se o projeto é bom para a cidade, porque eu votaria de forma contrária, assim como fizeram em 2012?”, questionou.

O vereador Mauro Aparecido falou na sequência. “Se nós votássemos aquele projeto, seriam mais R$ 3,5 milhões que este governo estaria pagando.”

O presidente da Câmara, Ivan Luís Sada (PPS) também comentou. “Na época, havia dúvida se o dinheiro seria aplicado, de fato, na compra das máquinas que a cidade precisava. A dívida já estava em torno de R$ 90 milhões e nós achamos que rejeitar seria o melhor.”

Silso das Neves (PRB) também falou. “Já havia indícios de vários ‘acontecimentos’ naquela ocasião. Então, foi de forma acertada que a Câmara não aprovou aquele empréstimo”.

Josué da Silva Ramiro (PRTB) também contestou a fala do Professor Luciano. “Não será uma dívida para o próximo governo, mas um investimento. Dívida é o Fussbe, com 240 meses para pagar. Isso, sim, é dívida.”

Silas Zafani (PTB) lembrou que era o presidente da Câmara na ocasião. E afirmou que o Projeto em questão sequer chegou a ser votado. “O Projeto recebeu aval contrário das Comissões Internas, já que os vereadores entendiam que a Prefeitura já havia contraído empréstimos demais. Por isso, achamos por bem não liberar aquele, embora talvez fosse o mais correto, por conta da necessidade de comprar as máquinas. Mas, torno a dizer: houve o entendimento de que a prefeitura já estava bastante endividada na ocasião.”

Foi a vez de Demércio de Almeida (PT) ocupar a tribuna. “Uma administração tem que trabalhar pensando a longo prazo. Você compra equipamentos, contrai dívidas, mas tem o que foi comprado. Foi assim, por exemplo, com aqueles R$ 8 milhões de 2012, liberados para asfalto nos Américas: foi um dinheiro investido no município.”

Valdilene Marina de Oliveira Silva (PV) encerrou a questão. “Espero que essas dívidas fiquem para o nosso governo mesmo. Vamos trabalhar para que continuemos administrando, com esse jeito responsável e carinhoso que temos de cuidar de nossa cidade.”

Valdilene prosseguiu em seu raciocínio: “Quem herdou uma dívida de quase R$ 35 milhões, do Fussbe, não tem medo de pagar R$ 800 mil”.

O projeto foi aprovado com 10 votos favoráveis.