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O vereador Silso das Neves (PRB) foi à tribuna da Câmara, na sessão ordinária desta terça-feira, 28, para alertar sobre a necessidade de um trabalho efetivo e que envolva todo o município no combate ao mosquito da dengue.

“Estive em alguns bairros hoje, deparei com dois focos de dengue na cidade. O poder público tem que fazer a sua parte quanto à limpeza de terrenos. Os departamentos competentes precisam ter capacidade técnica para cobrar das pessoas que têm terrenos que prejudicam os vizinhos e levam perigo aos bairros”, alertou.

Silso fazia referência, naquele momento, a uma situação comum: inúmeros proprietários de terrenos não moram no local e sequer cuidam da propriedade. Em função disso, poças d’água ou pneus abandonados podem ser criadouros, preocupando os vizinhos.

O vereador sugeriu que as igrejas, com seus padres e pastores, poderiam unir as respectivas comunidades, realizando mutirões em conjunto com a Prefeitura. “Se cada pastor, padre ou líder religioso convocar os seus membros, tenho certeza que muita gente estará pronta para ajudar.”

O presidente da Câmara, Mauro Aparecido, pediu um aparte, dando uma sugestão: a de que um Projeto de Lei do Executivo possa autorizar a Prefeitura a limpar os terrenos cujos proprietários não se encontram no local. “A Prefeitura poderia limpar esses terrenos e, no IPTU do ano seguinte, por exemplo, enviar a taxa de cobrança por aquele serviço”, sugeriu.

Demércio de Almeida (PT) discordou da sugestão. “Essa lei vai penalizar, porque muita gente joga lixo no terreno do outro. O que falta é uma ‘operação cata treco’ na cidade.”

O vereador Claudemir Santos Gonçalves (PRP) lembrou que ele próprio, bem como a esposa, contraíram dengue. O Professor Claudemir se mostrou favorável a ideia de Silso. Ele citou os casos de São Paulo (“O Exército está trabalhando na Capital”) e Sorocaba (“Uma ordem judicial autorizou a Prefeitura a entrar nas casas”) para enfatizar que passou a hora de uma ação mais efetiva. “Ano que vem, pode ser ainda pior”.

CMVP