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Conta de luz fica 5,6% mais cara a partir de junho

09/06/2021  •  Notícias

Conta de luz fica 5,6% mais cara a partir de junho

Jun 09, 2021 | 4

Na última semana, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) anunciou que neste mês de junho haverá aumento na conta de luz e já começa a vigorar a partir desta terça-feira (1º). Com os níveis baixos dos reservatórios das hidrelétricas, a ANEEL decidiu acionar a bandeira tarifária vermelha, patamar 2. Isso significa energia mais cara, com custo de R$ 6,243 para cada 100 kWh consumidos.

 

O efeito direto no bolso do consumidor será um aumento de 5,6% em relação à conta de maio. Já o impacto indireto será sentido com a alta de produtos e serviços. "É mais um desafio, mais uma pedra no caminho na prestação de serviço e da produção industrial", afirma o economista André Braz, coordenador do IPC do FGV IBRE.

 

Bandeiras tarifárias

 

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para sinalizar ao consumidor o custo da geração de energia elétrica no país. Na prática, as cores e modalidades – verde, amarela ou vermelha- indicam se haverá ou não cobrança extra nas contas de luz.

 

A bandeira verde, quando não há cobrança adicional, significa que o custo para produzir energia está baixo. O acionamento das bandeiras amarela e vermelha representa um aumento no custo da geração e a necessidade de acionamento de térmicas, o que está ligado principalmente ao volume dos reservatórios e das chuvas.

 

Imagem/Arte: Câmara Municipal de Várzea Paulista

 

A última vez que a agência reguladora acionou o patamar mais alto da bandeira tarifária foi em dezembro, após meses sem a cobrança adicional por conta da pandemia. Em maio também foi acionada a bandeira vermelha, mas no patamar 1, cuja cobrança é de R$ 4,169 a cada 100 kWh consumidos. Nos meses anteriores, de janeiro a abril, vigorou bandeira amarela, com taxa adicional de R$ 1,343 a cada 100 kWh.

 

A medida tomada pelo órgão reflete o menor nível de armazenamento de água nos reservatórios de hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste do país desde 2015. Esses setores respondem por mais da metade da capacidade de geração de energia do Brasil.

 

Com os níveis baixos de água, é necessário acionar usinas termelétricas, que usam queima de combustíveis (carvão e diesel) para a geração de energia. Esse processo poupa o uso da água mas, além de mais poluente, é mais cara, e isso reflete no bolso do consumidor brasileiro também.

 

Ainda assim, com o baixo nível de reservatórios e baixa perspectiva de chuva para os próximos meses, o governo brasileiro descarta a possibilidade de ocorrer um apagão este ano. No entanto, não se descartam medidas emergenciais para a garantia do fornecimento de energia.