img header

Vereadores debatem abandono do Centro Cultural

25/06/2014  •  Notícias

Vereadores debatem abandono do Centro Cultural

Jun 25, 2014 | 6

O Centro Cultural de Várzea Paulista – que está em ‘estado de abandono’, segundo os vereadores petistas Luciano Marques e Demércio de Almeida – foi alvo de debates ao final da sessão ordinária realizada nesta terça-feira, 24, na Câmara Municipal.

O Professor Demércio foi à tribuna para lembrar que a bancada do PT foi signatária de Requerimento de Informações em 28 de março – sem que jamais recebesse qualquer resposta do Executivo. “Naquele Requerimento, nós fazíamos um alerta, uma denúncia: a de que chovia dentro, instrumentos musicais estavam sem uso. Perguntávamos se a

administração pretendia executar a reforma e quando. Mas nunca nos responderam”, constatou Demércio.

Ele prosseguiu: “Eu já entendi porque a Administração nunca respondeu: ‘eles’ não tem nenhuma noção de quando irá começar aquela reforma”, criticou.

Depois do Professor Demércio, a mãe de dois alunos do Centro Cultural, Cibele Dias Melo, também ocupou a tribuna para fazer o seu relato. “Tenho um filho que estuda clarinete, uma filha que faz dança, vejo crianças e jovens que jamais teriam condições de estudar música alegres, entrando e saindo do Centro Cultural. Pensem na nossa surpresa quando nossos filhos voltaram para as aulas, em 25 de janeiro, e depararam com um aviso na porta: um bilhete dizendo que estava fechado para reforma, sem nenhuma explicação”, resumiu Cibele.

Por fim, ocupou a tribuna o secretário adjunto de Cultura do município, José Moreira, o ‘Jota’. Jota começou assentindo com as falas (“Tudo o que foi dito aqui é verdade”), lembrou que a situação já era ruim quando ele próprio assumiu (“Quando nós entramos, a primeira recepção que tive foi uma goteira no meio da minha testa”), disse que os problemas só cresceram desde então e afirmou que o volume foi se acumulando porque faltou fiscalização à empresa contratada.

“Eu sou um ‘fazedor’ de cultura, não sou ‘fazedor  de obras”, prosseguiu. “A situação se agravou porque a reforma foi mal conduzida, foi um desrespeito ao dinheiro público, já que R$ 46 mil foram gastos.”

Questionado pelos vereadores sobre a empresa responsável, o secretário disse que cabe ao Jurídico da Prefeitura responder sobre se a empresa foi acionada para refazer os serviços.

Jota, no entanto, acredita que até setembro o espaço estará reformado.

O vereador Silso das Neves (PRB) também pediu a palavra. Leu um relatório da Prefeitura, datado de 24 de junho. O documento, segundo Silso, diz que uma equipe está no local trabalhando para solucionar todos os problemas. Silso prosseguiu com a leitura: “A greve dos servidores atrapalhou o andamento da obra. Amanhã (25) vão chegar telhas e madeira para cobertura, tudo será refeito, inclusive parte elétrica e pintura.”

De acordo com o documento que o vereador tinha em mãos, a administração anterior fez uma obra às pressas. Prossegue o relatório: “Nos últimos dias do governo anterior, foi feita uma reforma neste mesmo prédio. A obra foi feita às pressas e um serviço malfeito. Sequer foram colocadas presilhas nas calhas. Tudo será refeito em curto prazo, devolvendo o Espaço Cultural para a população com todas as atividades restabelecidas.”

CMVP